O Poema Da Natureza
Eu estou cansada...
Por muitos anos, eu venho sofrendo várias modificações
e para manter-me de pé está mais difícil.
Por longos anos muitos não se importaram com a biodiversidade...
Algumas pessoas tardiamente
começaram a se interessar por mim e perceber quanto descaso e crueldade fizeram comigo.
A devastação cresce em ritmo acelerado, e não há um só lugar na Terra onde não esteja presente a ação do homem, seja pela sua presença física, ou pelo efeito da poluição.
A Natureza está cansada e Eu Te Peço Socorro!
Não me pergunte sobre as enchentes; não me pergunte sobre as catástrofes; não culpe o destino, não culpe Deus, nem os resgates espirituais...
Eu sempre fui sinônimo de grande dádiva divina e não estou sendo cuidada...
Estão apenas colaborando com a perda de toda a minha beleza.
De que adiante eu dizer que o homem é egoísta e que só pensa em si mesmo, que no futuro seus filhos, netos, bisnetos irão precisar de mim?
De que adiante pedir para não me queimar, arrancar-me da minha mãe Terra?
Onde estão as minhas companheiras aves raras, os variados animais que deitavam em meu colo?
O lixo jogado nas ruas, milhares de carros e fábricas poluindo o ar; a sujeira nas praias sem preservar o seu próprio lugar de lazer.
O sol queima minha alma, a poluição não me deixa respirar e quando a chuva vem torrencialmente arranca-me da terra violentamente revoltada; o mar e os rios avançam destruindo tudo o que encontram no caminho, a terra engolindo a natureza feitas de pedras.
Até quando terão as suas reservas de água?
Até quando deitarão sobre a minha sombra?
Não sei dizer...
Somente sei que agora, toda Natureza chora, lamenta e sofre pelos seus, por causa da desumana ação dos homens.
12/01/2011