Canto ao nada

Unidos por uma força

Invisível,

Sob a luz prateada

Do sol da meia-noite.

Sobre caminhos que rodeiam

Precipícios,

Arde, queima, a dor da bala que se perde

Em meio ao des-destino do ódio, da raiva, do rancor.

Uma luz que guia na escuridão

Abismo,

Enxergo, vejo,

Deleite e prazer

Misturam-se e me embalam a pedir mais.

É uno, é impar, é tudo

O vermelho,

Fruto do meu bem estar,

Raiz para minha natureza.

É único, é líquido, é meu

Sua essência,

Que sai em pequenas gotas

Do pequeno buraco que te fiz.

Nem duas, nem três,

Apenas um!

Em seu coração!

E eis o precioso líquido,

Que sacia minha sede

De vingança e de fome,

De luxúria e prazer,

E que me dá vida,

Depois de tantos anos sem a ter...

Afonso Herrera
Enviado por Afonso Herrera em 12/01/2011
Código do texto: T2724812
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