Canto ao nada
Unidos por uma força
Invisível,
Sob a luz prateada
Do sol da meia-noite.
Sobre caminhos que rodeiam
Precipícios,
Arde, queima, a dor da bala que se perde
Em meio ao des-destino do ódio, da raiva, do rancor.
Uma luz que guia na escuridão
Abismo,
Enxergo, vejo,
Deleite e prazer
Misturam-se e me embalam a pedir mais.
É uno, é impar, é tudo
O vermelho,
Fruto do meu bem estar,
Raiz para minha natureza.
É único, é líquido, é meu
Sua essência,
Que sai em pequenas gotas
Do pequeno buraco que te fiz.
Nem duas, nem três,
Apenas um!
Em seu coração!
E eis o precioso líquido,
Que sacia minha sede
De vingança e de fome,
De luxúria e prazer,
E que me dá vida,
Depois de tantos anos sem a ter...