DESGOSTO
Meu reflexo no espelho cuspiu em meu rosto
A minha sombra fazia-me gestos obscenos
Traiu-me às costas
Nas encostas aves de rapina
Vôos rasantes
Gritavam-me ao pé do ouvido
O coração doído de tantos sentimentos falidos
Pulsava-me sangue enferrujado pelo whisky importado falsificado
O cigarro apagado de um lado
Um fósforo molhado, do outro
E eu acesso na escuridão dos meus medos
Pensando...
Pensando...
Pensando...
"Alguém ainda gosta de mim?"