Alimente a Alma
Acordado
Sem nenhuma vontade
Já posso contar em litros
As lágrimas que caem
Ímpeto zero pra me levantar
Dessa cama
Que me arrasta
Me afaga, me acalma
Choro a lágrima e limpo a alma
Que insiste em ficar acordada
Não descansa, não se acalma
Pois só pensa
Que perdeu sua amada
Sua metade, dessa alma
Triste vida, encarnada
Essa alma, deslavada
Pois se suja mais que lava
Se flagela, se acaba
Quer se ver desmaterializada
Desencarnada
Essa alma
Desmotivada
Quer encontrar a redenção
E a perfeição divina
Mas não aprende
A ninguém fascina
Não se encarna
E vive a vida
Quer viver
Só nas feridas
Magoando
Divergida
Triste alma
Pobre vida
Que ela encarna
E não a faz vivida