Alimente a Alma

Acordado

Sem nenhuma vontade

Já posso contar em litros

As lágrimas que caem

Ímpeto zero pra me levantar

Dessa cama

Que me arrasta

Me afaga, me acalma

Choro a lágrima e limpo a alma

Que insiste em ficar acordada

Não descansa, não se acalma

Pois só pensa

Que perdeu sua amada

Sua metade, dessa alma

Triste vida, encarnada

Essa alma, deslavada

Pois se suja mais que lava

Se flagela, se acaba

Quer se ver desmaterializada

Desencarnada

Essa alma

Desmotivada

Quer encontrar a redenção

E a perfeição divina

Mas não aprende

A ninguém fascina

Não se encarna

E vive a vida

Quer viver

Só nas feridas

Magoando

Divergida

Triste alma

Pobre vida

Que ela encarna

E não a faz vivida

Patrick M Lima
Enviado por Patrick M Lima em 09/01/2011
Reeditado em 10/01/2011
Código do texto: T2718848
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