Rosas Mórbidas

Ali, no escuro de um quarto

O seu rosto demonstra um espanto.

Uma jovem, no início da vida,

Sofrendo, chorando sozinha num canto.

Uma linda mulher, um verdadeiro anjo.

Esqueceu-se da vida, de nada ela sabia.

Ali sentada em seu canto,

Sofrendo uma terrível melancolia.

Seu rosto pálido sem expressão.

Suas mãos trêmulas e gélidas

Pegam do chão, cheio de espinhos.

Um buquê, intocado de rosas mórbidas.

Olhava para a noite, uma noite linda.

Mas não para ela, para ela a lua nunca sorria.

Ninguém a amava, ninguém a queria.

E de novo, banhada de lágrimas, ela dormia.

WeltonSilva
Enviado por WeltonSilva em 05/01/2011
Código do texto: T2710763