Rosas Mórbidas
Ali, no escuro de um quarto
O seu rosto demonstra um espanto.
Uma jovem, no início da vida,
Sofrendo, chorando sozinha num canto.
Uma linda mulher, um verdadeiro anjo.
Esqueceu-se da vida, de nada ela sabia.
Ali sentada em seu canto,
Sofrendo uma terrível melancolia.
Seu rosto pálido sem expressão.
Suas mãos trêmulas e gélidas
Pegam do chão, cheio de espinhos.
Um buquê, intocado de rosas mórbidas.
Olhava para a noite, uma noite linda.
Mas não para ela, para ela a lua nunca sorria.
Ninguém a amava, ninguém a queria.
E de novo, banhada de lágrimas, ela dormia.