Pausas de semibreve

No compasso inaudível das horas

o tempo da esperança

a mulher espera

no ventre a criança

No corpo

um vulcão de sentimentos

borbulham

escorrem como lava

quente

ardente

E a vida

tem pressa

os sonhos

têm pressa

a paixão

tem pressa

a boca

tem pressa do beijo

o desejo

tem pressa

e fala alto

De repente

pausas de semibreve

pairam no ar

o vento

não sussurra palavras doces

não assovia mais

as folhas das arvores

se mantém inertes

o amor silencia

Entre lágrimas ritmadas

a tristeza muda

preenchendo

com_fusa e semifusas

as lacunas

onde antes

só havia saudade

a poesia calada

Neste silêncio

neste vazio

ouviras bem baixinho

um coração a chorar

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 04/01/2011
Código do texto: T2709234
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