DESERTO NOTURNO
Passas suave
E não me chamas.
Teus passos noturnos
Acendem minha insônia.
Soltas um olhar indiferente
À porta aberta
Do deserto esquecido
Onde vivo.
Acompanho aflito
Teus passos que só passam,
Não me visitam.
O escuro do fim da rua
Consome-te.
O vento varre o perfume
Que não colhi.
Coberto por um frio
Triste e angustiante
Adormeço e sonho delírios.