DESERTO NOTURNO

Passas suave

E não me chamas.

Teus passos noturnos

Acendem minha insônia.

Soltas um olhar indiferente

À porta aberta

Do deserto esquecido

Onde vivo.

Acompanho aflito

Teus passos que só passam,

Não me visitam.

O escuro do fim da rua

Consome-te.

O vento varre o perfume

Que não colhi.

Coberto por um frio

Triste e angustiante

Adormeço e sonho delírios.

Ronaldo Fonseca
Enviado por Ronaldo Fonseca em 27/12/2010
Reeditado em 27/12/2010
Código do texto: T2694453