Orgulho...
É feito um gorgulho...
Que 'bicha' o amor
É uma lápide fria
Que a tudo esfria
Resfria e contagia
Mata a magia...
Que em certo dia
Deu-nos tanta alegria
Hoje se veste de blasfêmias
Ataca machos e fêmeas
Pela vaidade e arrogância
Destrói o que já foi à paixão
Sincera e devotada emoção
Mas que agora está ali...
Jaz no caixão!
Acompanhamos o féretro
Rumo à cova do cemitério
Orgulho é impropério da alma
Cospe, escarra, joga na lama
Orgulho adora os vermes
Tudo que é fétido e estrume
Ignóbil, asqueroso e nojento
Criminoso cruel e impiedoso
Insiste e persiste
Como erva daninha
Tudo consome e engole
Estupra a pureza
É o câncer da natureza
Coleciona cadáveres
Aciona o gatilho
É rastilho de ódio
Parece dócil, mas é capadócio
Fera predadora com garras afiadas
Sedutor insinuante e perverso
Está mascarado no ócio
Peçonhento pronto para o bote...
É doutor em causa mortis
Assassino do amor!
Hildebrando Menezes