Aquela tristeza da vida vazia

Me desorganizo tão fácil

sempre procuro onde me encontrar

venho aqui, acolá, estou a procurar

quem eu possa chamar de eu

A vida tão moldada, chata

aventuras mostram-se tão escassas

que resigno-me a cumprir

tarefas enfadonhas, exatas

relações e obrigações do que se passa

sempre no mesmo lugar, sem mudar, sem fugir.

Amadureço lentamente, à força do erro

sempre do que me mostraram ser ideal.

Hoje vejo que não sou muito igual

ao que admirei, venerei, mas sem reconhecê-lo.

Ouço em música a voz do consolo, reconhecimento

produzo minha dor, expresso sabor, de um encanto.

Busco calmaria, paisagens sem muito movimento

fujo de mim, encontro por aí, o vento jogado num canto.

Não bate em mim, não me move daqui

procuro sair, andar sempre assim, escrevendo meu canto.

Canto confusão e desesperança, de uma alma jovem.

Espanto por não sonhar, não desejar o que quer que provem.

É que já não acho graça na vida e não sei o seu valor

não quero morrer, nem mesmo viver, só sentir essa dor.

Talvez a grande emoção, absorve minha atenção

e me diz: existe um eu.

LealdadeEgocêntrica
Enviado por LealdadeEgocêntrica em 18/12/2010
Código do texto: T2678916
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