Tarde da noite que tarda
Atormentada de tempo
Lampeja um lento farol
Na ante-sala dos medos
Batendo dedos no centro da mesa
Por onde tua foto descansa
E lança um terno olhar
Que há muito não está
...Perdeu-se nos marços
De traços pequenos
Entre envelhecida névoa
Que adiantou os ponteiros
Matando janeiros das horas
Que agora correm segundos
Ao profundo olhar de euforia
De quando viras chave na porta
...E é morta minha agonia