Sombrio
Na beira do caminho
Uma cruz levantada.
O viandante passa sozinho,
Olha e não diz nada.
É o fim da mensagem
Que pelo mundo andou.
Talvez desejando boa viagem
O corpo que ali ficou.
A mãe terra o esconde,
Talvez vítima de violência.
Só o silêncio responde,
Lugar triste sem aparência.
Morada da sombra do irmão
Na beira da estrada.
Assistida à solidão,
O fim de uma jornada.
É uma eterna parada
Que causa reflexão.
Tantas cruzes à beira da estrada,
São lágrimas que saem do coração.