Como morrerei?
Que tipo de câncer vai me comer?
Como vou apodrecer, ainda vivo?
Minha morte será trágica ou será cômica?
Ou não terei direito à morte?
Como vou delirar ou sorrir, com a ferida me engolindo?
Quando terei o prazer de ser esganado pela vida e pela morte?
Breve terei o êxtase da paralisia corpo-física, preso a uma cadeira de rodas...
Amém pra esse Deus que perverte e é pervertido, que nos prova que não somos nada!
Bah! Vida podre!
Jequié, 03 de julho de 1992, Jequié, meu quarto