TRÊS HORAS
TRÊS HORAS
Acelerava meu peito a ânsia
Ao pulsar de cada badalada
Ao chegar da hora marcada
A encontrar nessa distancia
E poder falar com elegância
Na intercalada madrugada
Eu dormia, acordava
Com alegria esperava
Àquela hora chegar
Mas se o corpo adormecesse
A alma mantinha-se acordada
No aguardo daquela chamada
E sem que ninguém percebesse
Ia ao encontro do meu interesse
Buscar a voz da minha amada
Eu sorria, sonhava
Em poesia falava
Para lhe encantar
De repente, pego de surpresa
Sem que eu entendesse nada
Nossa historia era terminada
A minha voz ficou tão presa
Água em luta contra a represa
Peito ferido pelo fio da espada
Noite fria, chorava
A sombria palavra
Veio tudo acabar