Até quando?
Mais uma vez
O vazio me atormenta,
Chega sem avisar,
Simplesmente entra.
Até quando...
Eu serei atormentado?
Sou culpado por ser um poeta
Triste e amargurado?
Juro...
Já não sei mais o que fazer.
Hoje sou um poeta
Sem inspiração pra viver.
Até quando terei que beber,
O líquido horripilante da solidão?
Até quando terei que viver,
Num mundo sem compaixão.
Até quando terei que suportar
Este murmúrio sem fim?
Ninguém me nota...sou invisível.
Será que ela lembra de mim?
É difícil conviver comigo mesmo.
O vácuo aplaca meu coração.
Até quando serei obrigado a aceitar
Um muro entre eu e a paixão?
E este muro imperante
Faz feridas em mim.
Enquanto a solidão... companheira constante,
Simplesmente sorri.