Tristeza

E paira sobre a alma

A noite escura

E um manto de sombras

A retém refém e lhe cobre os olhos,

a boca, a alma, a vida...

E nem as paredes gritam,

e nem o corpo chora

e nem o coração pulsa...

Onde estará engessado?

Nenhuma luz sobrevem

Ao sabor amargo de não ser

o que se era:

- não ser a mesma pessoa -

a máscara caiu...

O que era uma pessoa

residente na alegria de si mesma?

Haverá sentimento real

em quem não se via?

nem sequer sabia

que não se conhecia,

que sua abundância

era inflada em fantasia...

E agora a casa está vazia

Como preenchê-la?
Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 07/12/2010
Reeditado em 07/12/2010
Código do texto: T2659178
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