DOMINGO

DOMINGO

Um domingo vazio,

vazio de sonhos e esperanças,

espereranças que já tivera tantas,

e tantas vezes as renovei.

Espero ansioso o alarme do

cão vigilante

que de vezes alucinante,

anuncia vacilante

a chegada daquela que me pacifique

a ansiedade de esperar,

pois gostar de esperar

nunca ansiei.

E o que me incomoda não é

a ansiedade de esperar,

e sim a passividade de me

ver o tempo escorrer

e ter que ter que saber

o aguardar do bom tempo voltar.

Agora são 11 horas, e é noite,

o cão já dorme tanto

quanto invigilante;

o meu pensamento viajante

vai buscar bem lá distante,

o incrível místico segredo do meu

futuro que também me espera há

muito dantes.

Já não é mais quase domingo,

porém minha porta ainda está aberta

e a luz acesa.

as fitas já tocaram todas pelo chão

e já quase não resta domingo.

busco o sono para reencontrar

o sonho de uma nova direção

que me restabeleça o sentido da eterna

vontade de amar com toda certeza.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS) 1995