ÚLTIMO ADEUS

Quando rebentar-se a fibra ardente

e o sonho não mais estiver presente

o que será dos versos meus

depois do derradeiro Adeus

Veras no sol o brilho diferente

fustigado pelo seu olhar ausente

Veras na lua o turvo clarão

momentos de angústia e solidão

Haverá ausëncia em sua plenitude

e uma só voz chorando amiúde

talvez aceitação, talvez confusão

a passar rápido como chuva de verão

Cálidas bocas o que engulirão

medos, fofocas, tentação

do sonho frenético ao amanhecer

na tarde vazia e fria ao anoitecer

deixem me a sorte do descanso

ao partir sorrateiro e manso

deixando para traz o pouco que é meu

dizendo baixinho e sorrindo ... Adeus !

Benjamim Augusto Marotta
Enviado por Benjamim Augusto Marotta em 27/11/2010
Código do texto: T2639156
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