PRANTO

Na dor do meu peito

Procuro teu pranto.

Na dor do meu pranto

Me afogo em teu peito.

Vejo teu céu no sorriso,

Como se a luz te fosse a boca.

Beijo teus olhos, pois

São meu açoite.

Vivo em ti, mesmo morrendo dia-a-dia.

Morro em mim, sendo a morte teu corpo.

Teu copo cheio de desejos

Teu bálsamo negro.

Na dor nasce a esperança

Da esperança crescem os dias.

Em tantos dias amargos te procuro

E morro só sem teus beijos.

Gláucio Ramm e Silva
Enviado por Gláucio Ramm e Silva em 25/11/2010
Código do texto: T2636866
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