PRANTO
Na dor do meu peito
Procuro teu pranto.
Na dor do meu pranto
Me afogo em teu peito.
Vejo teu céu no sorriso,
Como se a luz te fosse a boca.
Beijo teus olhos, pois
São meu açoite.
Vivo em ti, mesmo morrendo dia-a-dia.
Morro em mim, sendo a morte teu corpo.
Teu copo cheio de desejos
Teu bálsamo negro.
Na dor nasce a esperança
Da esperança crescem os dias.
Em tantos dias amargos te procuro
E morro só sem teus beijos.