QUANDO ME LEMBRO DE TI
Pensava em ti,
E arfando em mim, a dor no meu silêncio
Vagava em vão,
Dentro do peito, o amor,
Um querer zeloso,
Uma leve flor no coração.
E eu, pensava em ti.
As lembranças repetindo nosso encontro,
E entre os cílios, o pranto,
E o teu olhar ali
Sob as pálpebras fechadas.
Teu riso, e o gosto dos teus beijos,
Tudo em mim se repetindo.
Não era o engano o doce do desejo,
Nem do ópio o sonho tão sentido:
Eram teu corpo, teu olhar, teus doces lábios,
E os teus murmúrios jurando em meus ouvidos;
Tampouco era sonho, era mais que sonho,
Era o reviver de um momento já vivido.
Geraldo Altoé
27-12-2005