Tempo vazio
Tão vazio eu estava,
olhando a imensidão do nada,
sem olhos...
e um olhar frio...
Quem sou eu naquela hora?
Um progétil flexível,
cortando o ar?
Cada segundo depois do fim?
Ou o que antecede cada começo?
Nenhum som,
nenhuma carne.
Talvez uma miragem,
um sorriso de desfarce...
as mesmas faces em noites intrafegáveis...
Quem sou eu a qualquer hora?
E o que é o tempo quando eu nem era?
Apenas olho a imensidão do nada...
Tão vazio estou e estava...