SÓ
Nos rios profundos minha alma
Naufragou. Perdeu-se no negro dos
Abismos, na úmida escuridão das matas.
Por todos os cantos vi lágrimas
Brotando da terra, das rosas,
Da alma do mundo.
Minha tristeza misturou-se ao pranto
Mudo do poeta. A lágrima seca.
Ao fogo estúpido e devorador, do ciúme.
De tudo que fiz ou vi, senti-me só.
Nunca tanto como agora.