Triste soneto 2

Cantem todos ao fulgor do iminente dia

de campos floridos e luz clara fulgente

descendo dos céus de brumas brancas do oriente

cantem para a luz: _eu canto a penumbra.

Para todos o excelso céu que brilha

é um abraço aconchegante, infinitamente,

clamam por vida incessantemente

sem vê a morte que chegando se anuncia

louvem a esse lugar, que se enganando

todos terão seus nomes e datas escritos

em lápides um epitáfio nos registando

passamos a vida buscando ser forte

com o passado morrendo sem registos

Louvem quem quiser a vida, eu louvo a morte.

tomb

Tomb
Enviado por Tomb em 17/11/2010
Código do texto: T2621775
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