Triste soneto 2
Cantem todos ao fulgor do iminente dia
de campos floridos e luz clara fulgente
descendo dos céus de brumas brancas do oriente
cantem para a luz: _eu canto a penumbra.
Para todos o excelso céu que brilha
é um abraço aconchegante, infinitamente,
clamam por vida incessantemente
sem vê a morte que chegando se anuncia
louvem a esse lugar, que se enganando
todos terão seus nomes e datas escritos
em lápides um epitáfio nos registando
passamos a vida buscando ser forte
com o passado morrendo sem registos
Louvem quem quiser a vida, eu louvo a morte.
tomb