VAZIO CONCRETO
Eu não sou boa companhia pra ninguém
Nem pra mim mesmo
Canso-me
Enjôo-me
Impertinente, inoportuno e inconveniente a mim mesmo
Estorvo enfadonho, entrave
Trave em minha vista
Som de mim que me irrita
Movimento descabidos
Desinibidos pensamentos tortos
Vasculho-me,
E nada há de interessante
As penas de ganso do travesseiro não me suportam também
Algumas passam pela varanda
E se jogam aliviadas entregues ao vento
Libertas de mim