EU CHOREI

Percebi tristezas em minha Alma serena,

Inquieta, como se querendo algo dizer,

E meu coração confidente um dia contou,

Pois Ela se recolhia sem dizer as razões.

Perguntei então:- Porque essas tristezas?

Choro por ver criancinhas serem agredidas,

Muitas vezes por pais que às deveriam amar,

E no entanto brutalizam seus corpinhos sagrados,

Deixando marcas que jamais deixarão de existir.

Elas tão frágeis como um caule que se parte,

Botões de rosas que um dia irão florescer,

Derramando perfumes diante de muitos sorrisos,

São no entanto seviciadas sem jamais merecer.

Choro também pelas mulheres tão brutalizadas,

Que num áto de amor buscam proteger seus filhos,

Pois sendo mães muitas vezes se tornam guerreiras,

Mas pelas fragilidades não suportam as agressões.

Pelos jovens que buscam prazeres instantâneos,

Nas drogas viciantes que vão consumindo seus corpos,

Choro ao vê-los reféns das angustiantes prisões,

Até se tornarem trapos que nem sequer almejam viver.

E pelos velhinhos que cumpriram suas duras jornadas,

Com calos nas mãos pelos ideais que buscaram,

Em favor dos filhos para vê-los formados Doutores,

Choro por vê-los tão frágeis e depois são ignorados.

Pelas agressões que a natureza bonita também sofre,

Minhas lágrimas de tristezas derramo em forma de chuvas,

Pois devastam as matas cheias de vida e com muitas flores,

E fazem os rios de águas límpidas se tornarem esgôtos.

16-11-2010