CONTAS DO ROSÁRIO

Foi encoberto todo o meu sol
não fui informado pelo farol,
que teria na frente um torpedo.
Foi como se no fim da avenida
tivesse minha estrada invertida,
e terminei batendo num rochedo.

Então, sem querer, descarrilho,
o gosto pela vida perde o brilho,
e tudo vai perdendo seu valor.
Já não vibro  com a conquista
 e cada vez mais longe se avista,
vejo a distancia, aquele amor.

Essa triste doença da separação
que faz a gente perder a visão,
que faz tudo virar um calvário.
Não será numa só primavera
que um coração morto recupera,
tem muitas contas, um rosário...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/11/2010
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