seu regresso ao mundo ( se é que o deixou)

Parecia real, sua aproximação tão tímida

Estava tudo tão bonito, tão surreal

Eu pensava: milagres realmente acontecem!

Terá ele regressado de verdade?

Terá ele percebido que enquanto não há entrega, não há promessa?

Sonho meu...

Por quê? O que procura lá fora?

Não há nada lá!

Não me decepciona assim, meu rapaz!

Las rodillas están gastas...

Todo o tempo por você...

O que quer lá fora?

Já não sabe que lá só habita a falsidade?

Rouba minha tranquilidade

Desfaz minha esperança

Por que me desanima assim?

Doce ilusão a sua

Crê que pode achar algo mensurável lá fora?

Não se engane, meu pobre!

O mundo não nos pertence! Não se deixe levar por belos jogos de sedução...

Aquilo que tão rápido seduz, tão rápido ignora

Não a torne iniquidade

Bebidas e músicas de danças sensuais nada vão agregar

precisa acrescentar...

Vontade todos temos, mas sabemos que não devemos

Por que insiste em equivocar-se?

Não vê que nesse lugar jaz o inimigo e suas artimanhas perigosas?

Se podia atravessar a rua, por que não o fez?

Que pensa que vai encontar lá?

Não vê que aquilo que busca lá está aqui, o tempo todo?

Não suma, não o deixe levar

Você já tem dono

e como eu anseio o seu regresso (firme) [dona também]

não se engane, o mundo não tem nada pra oferecer...

não me decepcione!

Alê Fernandes
Enviado por Alê Fernandes em 15/11/2010
Reeditado em 17/11/2010
Código do texto: T2615967