Mãe Natureza
Laça-me como se eu fosse um boi apavorado
O tal do gado conduzido, esbaforido;cansado...
Atormentado e cheio de preocupações.
Não estou nada convencido,
Sofro de alucinações o tempo inteiro
E de janeiro à janeiro sou surpreendido
Sempre em março,
Depois que abraço o carnaval em fevereiro.
Já que não é só de festa que vive a tal da ovelha negra
E eu sou essa peste que caminha neste pasto
Estando prestes à partir, vou andando
à passos largos e deixo um rastro de tristezas.
E essa marca me acompanha a vida inteira
Não aguento mais ouvir tanta besteira
E as brincadeiras são sinais da incerteza
Dos alertas que me guiam
E das cornetas que me afetam
E da própria "Mãe Natureza".