Contemplar a Viagem
Em mim se acumulam teias de aranhas
E o tempo não mais pode me perdoar
Formei imagens que tão fácil se desfazem
E sozinho outra vez a beira do mar brindo ao vazio
Triunfos são apenas lembranças vagas
Outrora erguia jovialmente castelos de sonhos
E agora como uma peça fora do jogo
Observo de longe a felicidade negada a mim
E o beijo cálido da brisa não consola
Tudo se torna tedioso ao longo do caminho
E logo percebo que todos já foram além...
Ainda com muitas perguntas sem soluções
Talvez não haja mesmo respostas
E às vezes penso em somente contemplar a viagem