Rebordosas
Rebordosas
O vento impetuoso toca meu rosto,
Agressões cravadas em minha pele.
Um dia a mais para esquecer o ontem,
Esperança suja emerge no horizonte.
Como posso esconder minha face,
A vergonha entranhada no meu corpo.
Como me sinto imundo, tão podre!
Como suas mãos tocaram meus segredos?
Os demônios meus agridem minha mente,
Eles culpam minha alma remida!
Mas quando se esta a correntes,
Apenas se preza o dom eterno da vida.
Noite rebordosa me sobrevém,
Quando já não há mais ninguém!
Quando os meus gritos aflitos de apuro,
Não acordam a maldição que há no mundo.
Minha Alma furiosa...
Meu corpo enojado!
Para vomitar tais crimes, em face retalho o passado.
Victor Cartier