Meu amor minha dor


A consciência aponta a minha culpa
Estava ao meu lado todo o tempo
Meus olhos enxergavam ao redor
A felicidade era você eu sem perceber...

Em braços abertos sem amor deitei-me
Acariciando a ignorância
Cada conquista um troféu na estante da vaidade
Hoje sem brilho, corpos sem rostos...

Observo-a, o silêncio acusador...
Seu semblante marcado de sofrimento
Seguramente é meu algoz
O coração apertado é só dor

Tempos áureo a alegria sorria
Lembro seus olhos brilhantes de euforia
Tanto amor explodia
Joguei fora para viver de boemia...

Jamaveira


Pintor: P. Charters d'Azevedo
"Quantas vezes, Amor, me tens ferido!"