A impressão é a de ter dado uma festa
a que ninguém compareceu...
Daí crer na festa que parece ser a vida,
essa tolice de sempre parecer satisfeito.
Andar por aí com alegrias emprestadas,
estar feliz com a felicidade alheia,
satisfazer-se com o pouco que sobra
de tudo o que poderia ter sido.
Isso é triste:
a felicidade precisa ter motivo,
a tristeza não...
Estar só é necessário,
desnecessária é a solidão...
Em cada momento o Amor é uma festa,
ninguém compareceu...

Depois sair às ruas
para passear lembranças.
Quantos eu fui para ser ninguém?
Quanto eu fui para ser nada?
Os cacos pelos lugares onde estive...
Agora, seguir com a vida
Para os lugares em que nunca imaginei estar...


(Poesia On Line, em 02/11/2010)

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 02/11/2010
Reeditado em 30/07/2021
Código do texto: T2593594
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