Cárcere de uma alma condenada por te amar.
Eu sei que um dia verei a luz do dia novamente.
Porém por agora meu coração está em cárcere.
Condenado está perpétua solidão que coexiste,
Com a tristeza de um reencontro desfeito.
Vejo através das grades de meu coração seus olhos.
Tão serenos me fitam e não me veem...enfim,
Acho que em algum momento eu morri e não sei.
Seu sorriso pra mim inesquecível esta distante,
Como os dias que se assemelham á dias infindáveis.
Nem o doce toque de suas mãos não sinto, e creio,
Jamais voltarei a sentir seu perfume e sua doçura.
Ah, daria tudo pra ver novamente seus olhos azuis,
Fitá-los por um instante sequer e o guardar eternal,
Em minha mente que por agora parece inerte.
Sou criatura condenada a vagar em sombras e breu.
Minhas juras a muito emudeceu e pereceu.
O sol com certeza lá está em seu alvorecer e eu diria,
Lindo pôr-do-sol, que somente em lampejo me lembro.
Mas tu, adorado ser que me tocou o coração selvagem,
Intolerante e vil, distante permanece em alvo manto,
No qual jamais atreveria tocar, sei, estás a me observar.
Não se penalize por mim e nem chores com minha lembrança.
Sou somente um folha envelhecida e sem valor.
Um dia em meu peito brilhou o toque de seu amor.
Não soube retribuir a esta doce esperança em forma de criança.
Anne Laskowiski (01:08) - 24/09/09