Minh’alma
Minh’alma
Em súbito minh’alma deixa meu corpo,
E vaga por entre ruas em busca d’outro mundo.
Afundo-me neste oceano de sono profundo.
Neste momento o céu cobre-se em nuvens,
Outra vez perco a noção, perco a visão.
Já não sinto o pulsar do meu coração.
Como eu poderia ter me arruinado?
Jamais deixei que minh’alma me deixasse!
Como pude feri-la para que me abandonasse?
Quantas medos defrontei para tê-la comigo,
Todavia ela foi embora e deixou-me o castigo.
Meu maior medo é que ela corra perigos!
Já não consigo senti-la tão longe de mim,
Oh meu Deus o que eu fiz para merecer esse fim.
Não sou merecedor, mas salve-a por mim!
Ela nem se despediu, retirou-se e partiu!
Dê-me forças para trazê-la de volta para mim.
Eu não quero este vazio, não sou este ser sombrio.
Victor Cartier