Platônico
Platônico
Espelho da alma
Estes olhos que brilham
E o que refletem
Das profundezas do ser
É aquilo que faz crer
Que a alma adoece.
Pobres palavras soltas no ar
Com extremo sentimento, ditas
Em um mundo de surdos
Padecem aos poucos
Em seu próprio luto
São os Únicos a chorar.
Sensações intensas, malditas
Que nos fazem fortes,
Que nos fazem fracos.
Palavras de amor, benditas
Aos ouvidos de sorte
E aos de coração opaco.
Que a dinvidade nos ama, dizem
Mas será que chora por nós?
E o choro do amor vale a pena?
Anjos, meu anjos... Só haverá tristezas,
Um amor que se foi e a certeza
De que essa vida irá se findar?
Bruno Lopes / 2006