CHUVA

     Goteja na vidraça lentamente
     Derramando lágrimas do céu
     Momento incerto
     Interligando o medo e a solidão
     Abro a porta                           
     Sinto a alegria das flores
     Que parecem se abraçar nos corredores do jardim

                           Não há estrelas no firmamento

     Somente a chuva fina e gelada
     Acariciando as flores e as folhas
     Meus cabelos molhados e
     O frio me convidam a entrar
     O real perde a razão

                           Flores se abraçando
                           Lágrimas do céu

     Emana de mim uma paz
     Não há mais medo
     Nem solidão    
    
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 21/10/2010
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