De igual pra igual ( pedaços de mim )
Eu não entendi
A razão deste encontro
Mas a maldita curiosidade
Obrigou-me a vir aqui
Agora que eu cheguei
Por favor, me diga.
O que você quer de mim
Boa coisa não deve ser
Pelo o que eu sei,
Você sempre me detestou
Se por acaso você me chamou
Para falar de mim
Você perdeu seu tempo
Mas, eu posso lhe adiantar,
Eu ainda sou o mesmo
Que no primeiro ano
Fazia parte de sua turma
Sentava na carteira a seu lado
Mesmo contra a sua vontade
Vivia brigando comigo
Eu me vingava
Naquilo que mais lhe doía.
Mexendo nas suas coisas
Pegava seus lápis
Rabiscava no seu caderno
Retirava as folhas fazia bolinhas
Depois jogava em você
Como também nunca esqueci
As vezes que você me chamou
De mendigo, trombadinha.
Por causa das minhas roupas
Aquelas roupas
Era tudo o que eu tinha
Bem diferente de você
Menina rica sempre bem vestida
Bajulada por todos
Você era a princesa da escola
Eu pagava por isso
Mas, isso agora e passado,
Hoje estamos aqui frente a frente
De igual pra igual
Eu posso lhe enfrentar
Neste meu desabafo eu lhe digo
Nunca te odiei na vida
Ao contrario eu sempre te amei!
Agora que você já sabe da verdade
Verdade que eu preferia calar.
Diga-me, tens algo a me dizer,
Fale agora, ou me esqueça!
**********************************
Gente, parte do que eu escrevi e verdade,
eu não dizer a vocês quantas vezes eu chorei
a falta de um sapato ou a falta de uma calça
decente pra sair, lembro que meu primeiro par
de sapatos eu ganhei de um Senhor, tudo
o que eu sei que naquele dia eu fui o menino
mais feliz, da minha rua, eu ficava ridículo
com aquele sapato duas vezes maior que o meu pé,
mas, aquele era meu primeiro sapato, eu já não
precisava andar descalço!
Balneário dos Prazeres: 20 / 10 / 2010
Eu não entendi
A razão deste encontro
Mas a maldita curiosidade
Obrigou-me a vir aqui
Agora que eu cheguei
Por favor, me diga.
O que você quer de mim
Boa coisa não deve ser
Pelo o que eu sei,
Você sempre me detestou
Se por acaso você me chamou
Para falar de mim
Você perdeu seu tempo
Mas, eu posso lhe adiantar,
Eu ainda sou o mesmo
Que no primeiro ano
Fazia parte de sua turma
Sentava na carteira a seu lado
Mesmo contra a sua vontade
Vivia brigando comigo
Eu me vingava
Naquilo que mais lhe doía.
Mexendo nas suas coisas
Pegava seus lápis
Rabiscava no seu caderno
Retirava as folhas fazia bolinhas
Depois jogava em você
Como também nunca esqueci
As vezes que você me chamou
De mendigo, trombadinha.
Por causa das minhas roupas
Aquelas roupas
Era tudo o que eu tinha
Bem diferente de você
Menina rica sempre bem vestida
Bajulada por todos
Você era a princesa da escola
Eu pagava por isso
Mas, isso agora e passado,
Hoje estamos aqui frente a frente
De igual pra igual
Eu posso lhe enfrentar
Neste meu desabafo eu lhe digo
Nunca te odiei na vida
Ao contrario eu sempre te amei!
Agora que você já sabe da verdade
Verdade que eu preferia calar.
Diga-me, tens algo a me dizer,
Fale agora, ou me esqueça!
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Gente, parte do que eu escrevi e verdade,
eu não dizer a vocês quantas vezes eu chorei
a falta de um sapato ou a falta de uma calça
decente pra sair, lembro que meu primeiro par
de sapatos eu ganhei de um Senhor, tudo
o que eu sei que naquele dia eu fui o menino
mais feliz, da minha rua, eu ficava ridículo
com aquele sapato duas vezes maior que o meu pé,
mas, aquele era meu primeiro sapato, eu já não
precisava andar descalço!
Balneário dos Prazeres: 20 / 10 / 2010