IDENTIDADE
Não consigo aquietar minha mente,
A todo instante ouço vozes que clamam:
-Mudanças! Mudanças! Mudanças!
Procuro em todos os lados,
Dentro e fora de mim.
E me pergunto:
Se mudo por dentro ou se mudo por fora?
Busco respostas às perguntas que eu mesma inventei
Busco soluções para problemas que eu mesma criei!
Busco em mim e nos outros
A identidade que eu rejeitei.
E nessa confusão de pensamentos
Nesse turbilhão de perguntas
Me vejo inerte, inútil
Inválida!
Preciso de ajuda
Mas não sou capaz de me permitir a ser ajudada.
Convivo com a carapuça da força
Da supremacia, da capacidade de lutar...
Mesmo quando já não se é mais nada!
Me vejo sem saída, arrasada, maltratada,
Quero fugir de mim,
Quero voar das minhas gaiolas
Libertar meus pensamentos,
Ser feliz com os meus sentimentos
Me amar com meus defeitos
E me aceitar, apesar de tantas burradas.