O corpo onde vivo
Eu pude ver o céu abrindo-se em esplendor!
E uma chuva de anjos descendo à terra!
Mas é difícil crer em milagres nessa hora,
Onde o corpo em que vivo transborda de dor.
E uma sinfonia lúgubre paira ao redor,
Pois o céu não é pra uma pessoa derrotada,
Não é pra alguém cuja luz já se apaga,
Não é pra mim que desacredita no amor.
E com a realidade cada vez mais nítida,
É difícil acreditar na vitória da vida,
É difícil reunir o resto que sobrou.
Durmo olhando pra tudo e não querendo nada,
E se eu acordo fogo em dias de água,
É por não saber quem exatamente eu sou.
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