Perseguia-me insanamente,
Como único alvo existente.
Implacável caçadora oprimente,
Evoluía teu domínio prosperamente.
Negligente, não sabia da coexistência,
Onde em mim se embrenhava,
Que em minh'alma se propagava,
Oprimindo-a com malevolência.
Sombra que meus olhos não viam,
Voz que meus ouvidos não ouviam,
Melancolia que o coração não sentia,
Mas que em me aplacar, não tardaria.
Como vulcão em erupção,
Lava fumegante em consumação,
Jorrou ferozmente, devorando sem perdão,
O espírito que lutava por exoneração.
Pedaços de mim, tão ignorados,
Nas entranhas de meu ser enterrado.
Presentemente auferido e revelado,
Esmagando e fazendo ruir, qualquer sentimento apaixonado.
Nesta realidade, minhas verdades mutantes,
Castigam-me penosamente, incessantemente,
Mas, enquanto me penitência,
Meu coração e mente sapiência.
E neste deserto de areia escaldante,
Vagarosamente sigo cambaleante,
Procurando a fonte que me alimente,
Pelejando na conquista de um coração clemente.
Busca Infindável do propósito vital, infligi meu ser,
Ambiciando aprender a viver, ao amor ceder e conceder,
Pretendo subjugar-me ao domínio deste sublime poder,
Pra talvez assim, apesar de tudo, a esperança não perder.