Dei tudo de mim...
Dei tudo de mim... Nada sobrou pra recomeçar
Investi até a alma nessa utopia à procura de um pouco de alegria
Ignorei os risos de quem assistia com deboches meus sentimentos
De quem se divertia à custa do meu amor e torcia contra meus intentos
Dei tudo de mim... Mendigando seus carinhos
Entreguei-me às falsas esperanças criadas pelo meu próprio coração
Não tenho nem o direito de lhe culpar... Cai no poço que eu mesmo cavei
Perdi-me como um tolo no labirinto das próprias mentiras que criei
Agora te liberto desse meu insano amor
Na verdade essa solidão já se fazia presente e eu fingia não ver
Te liberto então, apenas de ter que mentir fingir sentimentos e emoções
Que nunca foram reais... Eram somente pra alimentar minhas ilusões
Não me sobraram nem migalhas de minha vida
Apenas a certeza de que meu amor sempre foi legítimo
Cada loucura em minhas palavras, gestos e atitudes foram reais
Mas agora não me sobrou nada, nem mesmo a necessária paz
Não sei o que será desse resto humano que me tornei
Mas não se sinta culpada por ter sido amada assim
Por não ter conseguido sentir nem um pouco o que eu sentia
Você será obrigada a fazer parte da minha alegria
E uma pena... Teria sido uma linda história
Se nosso amor saísse da fantasia e se tornasse real
Poderíamos ser os personagens de um romance mágico
Mas enfim... O sonho tornou-se num pesadelo trágico
Marcelo Bancalero