Sangra a alma
Tece a face
Suposto impostor
Invisível fio
Novelo do tempo
Geometria perfeita
Imperfeitos perfis
Nuances difusas
Perceptível fuso
Sangra a alma
Cujo rubro lamento
Lapidado nos cárceres da dor
Toma forma de reluzente rubi
Luz intermitente
Que brota dos vales sombrios
Para ser tomada pelas vorazes garras
Do amor absoluto.
E nos recônditos do sofrimento
Já os fios entrelaçados
Arremata-se
A mais nobre e bela arte:
A do Amor incondicional, inabalável e sem medida