Sangra a alma

Tece a face

Suposto impostor

Invisível fio

Novelo do tempo

Geometria perfeita

Imperfeitos perfis

Nuances difusas

Perceptível fuso

Sangra a alma

Cujo rubro lamento

Lapidado nos cárceres da dor

Toma forma de reluzente rubi

Luz intermitente

Que brota dos vales sombrios

Para ser tomada pelas vorazes garras

Do amor absoluto.

E nos recônditos do sofrimento

Já os fios entrelaçados

Arremata-se

A mais nobre e bela arte:

A do Amor incondicional, inabalável e sem medida

Perla Moura
Enviado por Perla Moura em 12/10/2010
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