Morena

Com pena peguei na pena,

Com pena de mim somente.

Pena que aquela morena,

Pena de mim não sente.

Sinto pena das minhas penas

E sem pena no papel eu ponho

As cenas, que são apenas

Recordações de um sonho.

Sonho que não valeu a pena

Tê-lo sonhado em noites, ou dias.

Pois sem pena aquela morena

Matou as minhas fantasias.

E, o sonho, que já não sonho,

Pois sonhá-lo, duplica-me as penas

E põe-me mais tristonho

E cauteloso, com as morenas.

Vivo triste e tão sozinho

Que, de mim, tenho dó e pena.

Sofro, padeço e choro baixinho

Por aquela, tão bela, morena!...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 12/10/2010
Reeditado em 01/06/2014
Código do texto: T2551698
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