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Cores desbotadas

Ana Maria Brasiliense



Os dias sorrindo cores.
Pássaros beijando flores.
Lua prata, iluminando azul marinho do céu
Orvalho gotejando beijos úmidos na noite.
Assim deveria ser!
Mas..nós dois agora usamos
falsas cores, que desbotam ao amanhecer...
O sol pálido, sem cor e calor.
Lua opaca, céu sem estrelas.
Dias sem brisa...
Somente noites de forte vento, cantando saudade,
entre fios, árvores,
folhas perdidas nas esquinas da vida.
Chuva sem água,
apenas chovendo tristeza esquecida.
Mar sem sal.
Rios salgados, despejando amarguras nas margens
retorcidas de tristezas...
Somos assim, tudo no nada, nos dias desbotados.
Nas noites de ventanias,
ficamos na falsa ausência de nós
dentro do outro.
Somos assim,
cores que desbotam no amanhecer
de cada dia...



Ana Maria Brasiliense
Santos-SP-Brasil

















 
Ana Maria Brasiliense
Enviado por Ana Maria Brasiliense em 09/10/2010
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T2546204
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