BECO SEM SAÍDA

Entre carinhos e atropelos
Eu me perco
Por ser lúcido
Por ser lunático
Por ser lúdico
Por ser abstrato
E nada concreto.
O que jaz no recôndito
Mais obscuro e escuro
Na torre mais alta
Na gruta mais profunda
No lugar mais claro do meu eu
E nessa saga surreal
Me sinto abissal
Me sinto finito
Me sinto circunscrito
E pra fingir o fugir
Eu me coloco de precipício
E habito hospícios
Tudo para aquietar o juízo
E abraçar os ínfimos motivos
Pra não ficar perdido e indefeso
No beco sem saída
Desse pseudo suicídio
Chamado depressão.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 08/10/2010
Reeditado em 08/10/2010
Código do texto: T2545759
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