Tantos poderes... Tantos!
Na fogueira das vaidades
O que arde são as imperfeições
O que impera é a iniquidade
No fogo raso das razões...
Onde a sutil delicadeza...
Fugiu pra dentro dos porões
E a essência da vil beleza
Pegou carona nos vagões...
Na fogueira das vaidades
Sobram rasteiras e peixeiras
No cardápio são servidas baboseiras
Que mutila os versos das canções...
Os tantos poderes tantos... Desgastam e Cansam
Mergulhados na fadiga dos enquantos
No duelo entre as intrigas inimigas
Que implicam com as ilusões...
Um poder que não respeita os poetas
Os amantes sem etiquetas
Cultua a inveja e o ciúme sem silhueta
Na base dos ardis e dos queixumes
Aborta do ventre a simplicidade
Dissemina o luar com a maldade
Maltrata com mentiras e inverdades
Todos os caminhos da justa felicidade
A pureza multiplicada é castrada
Cambaleia pela estrada em agonia
A natureza não derrama o amor em rebeldia
Como fosse sua hora de dourar
Ao ódio só sobrou verter seu drama
Pouco importa se ele cresce ou inflama
E pelas lágrimas sem dono aqui sofridas
Do poeta sensível ao abandono
Só restou romper passível como abono... A porta da despedida!
Duo: Enise e Hilde