A DOR DE UM VAZIO EM MIM

O mal que há em mim.

Não está à margem do meu ser.

A raiva que eu sinto

A ponto de querer

Transformar o meu mundo

Envolto a cercas elétricas.

O mal da culpa.

Agora es um cadáver frio

Protegido por uma cerca elétrica.

De que adianta um corpo frio e inerte?

De que adiantam as cercas agora?

Sinto-me como um projétil perdido

Como aquele que te acertou o coração.

Eu disse para não se aproximar

E se aproximando trouxestes

A distância do nunca mais.

Queria agora isentar-me da saudade

E das lembranças que me cercam.

Leva contigo esse amor

Como levará essas últimas lágrimas

Que escorrem da minha face.