Cacos
Fagner Roberto Sitta da Silva
Não me abaixarei
para juntar os cacos
do vaso de afeto que se quebrou.
Nem irei varrê-los para longe
como se nunca tivessem existido.
Os deixarei onde estão,
na espera de que a poeira do tempo,
que lentamente cobre as feridas,
venha sepultá-los na memória.
2008