Como Pandora
Como Pandora
que toda virtude deflora
e todo riso deplora,
segue o Homem de triste agora.
Ninguém lhe chora.
Tragédias do cotidiano
compõe-lhe o primeiro plano.
O segundo, é nômade cigano
perseguido por todo tirano.
Teatro vulgar
de querer sem lugar.
Caminha sem Luar
o Homem de Norte congelar
para o vazio do Mar.
Foi onde pôde chegar.
Linhas de Plutarco
desenham-lhe um arco
de sombrio marco:
O Homem é a seta
incapaz de qualquer reta.