Pranto
Acolhi-te desvairada!
Nunca fui teu consolo.
Senti a dor da rejeição
Com amor e tolerância.
Mas teus olhos se fecharam.
Meu padecer foi contigo.
Agora livre de tuas entranhas!
Minha ternura nunca aceitaste.
Tenho que chorar sobre ti,
Dizer o que nunca tive coragem.
A ausência que paira
Fez nascer o meu perdão.
Destruíste meu amor.
Passaram-se os dias da exclusão.
Um novo tempo me espera.
Alguém que ocupe tua pousada.
Pelo vazio que deixaste
Este salmo repousa em tua campa...
Uma inscrição de saudade
Outro pássaro cantará no jequitibá.