O voo
No cair da noite o mundo mudou.
Cai tão de repente sem sentir os pés.
Onde foram os sonhos,lembranças, doce infância vivida.
Do sonho que não vivi.
Sob a luz do amanhã.
Dos sonhos que nunca chegam.
Vou pela noite,entre lagrimas, que não me abandonam.
No voo cego de uma alma triste.
As dores de um coração que por muito tempo
Esteve sempre em solidão.
A suavidade da vida nunca sentida.
O renascer de cada manhã sentido o vazio
Não ouço pedir mais tempo,pois foram
embora a cada sopro de vida.
Do futuro,do relógio que conta o tempo
Tempo irreversível.
Lanço me no vazio da noite fria, sozinho.
Feridas me seguem entre sonhos e realidade.
Neste voo solitário,morrendo e renascendo todo dia.
Antonio Souza Ruths